OS ALUCINÓGENOS PSÍQUICOS

Desde a Antigüidade, muitos povos estabeleciam relações com as drogas alucinógenas obtidas de plantas, tanto na medicina quanto na religião e na economia, como é o caso das três drogas pesquisadas.
A maconha, que é atualmente uma droga ilícita, devido principalmente ao preconceito dos europeus contra outras etnias, estabelecia relações econômicas e medicinais entre diversos povos. Hoje em dia a planta ainda estabelece relações com a religião na Jamaica, onde é uma droga lícita, que, embora mal vista por uma pequena parcela da sociedade, ainda é considerada uma planta divina.


        O peyote, que nunca chegou a ser terminantemente proibido, também estabelecia e ainda estabelece relações medicinais e religiosas de muitas tribos indígenas da América Central, que também consideram-no uma planta divina.

        A folha de coca também estabelecia e estabelece relações com a medicina e com a religião dos índios da América do Sul, onde é considerada um planta divina, assim como a maconha e o peyote em suas culturas de origem.

        Porém, essas relações anteriormente tão valorizadas pelos povos que originaram o uso das plantas, praticamente não existem mais na sociedade ocidental, no caso da maconha e da cocaína: hoje em dia estas drogas são utilizadas pelo simples fato de serem alucinógenas, não por causa da ideologia ou da filosofia de vida de quem a utiliza.

        A maconha é por muitos considerada a porta de entrada para outras drogas e talvez o seja por causa dessa falta de propósitos de quem a utiliza atualmente.

        A cocaína, das maneiras como é utilizada, como o crack e o cloridrato de cocaína, além de não ter outro propósito senão alterar o estado normal, é uma droga altamente prejudicial à saúde, por ter a sua substância ativa isolada e não em baixas doses, como na planta de coca.

        A única das três drogas que ainda conserva, quase intacta, sua forma original de uso, é o peyote, talvez por não ser uma droga alucinógena muito divulgada e muito explorada pelos colonos europeus.
Pode-se concluir, enfim, que as relações estabelecidas pelos seres humanos com as drogas ao longo da história têm cada vez menos fundamentos e propósitos, ou ainda, que as causas pelas quais são utilizadas são cada vez menos nobres e dignas de respeito.


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