UNIVERSO DA MENTE...

A TEORIA PSICANALÍTICA E A FELICIDADE...
Por Jan Fernandes

Para entender a relação psicanálise e felicidade, precisamos resgatar alguns de seus conceitos e categorias. O primeiro deles é o desejo. O desejo é humano, demasiadamente humano. O desejo (D.: Wunsch), tal como é entendido pela psicanálise, não é a mesma coisa que a necessidade. Enquanto a necessidade é um conceito biológico, natural, implica uma tensão interna que impele o organismo numa determinada direção no sentido de busca de redução dessa tensão ou satisfação, logo, a autoconservação (ex.; necessidade de fome, então buscamos comida), o desejo, sendo de ordem puramente psíquica, é desnaturado e como tal pertence à ordem simbólica. Enquanto a necessidade é biológica, instintiva e busca objetos específicos (comida, água, etc) para reduzir a tensão interna do organismo, o desejo não implica uma relação com esses objetos concretos, mas sim, com o fantasma ou fantasia. Ou seja, “o fantasma é, ao mesmo tempo, efeito do desejo arcaico inconsciente e matriz dos desejos atuais, conscientes e inconscientes” [4] (CHEMAMA, 1995: 71).

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